Canção para desabar do mundo

Brian Evenson é a leitura de junho do Clube de Leitura Escuro Medo

Oi, atrasei. Queria vir no solstício de inverno, noite mais longa do ano, essas simbologias.

Decidi apresentar o autor porque alguns leitores não o conhecem. (Confesso, não conhecia seus contos, apesar dele ser meu colega de editora. A tradução de seu livro saiu pela Uboro Lopes em 2021).

Evenson se apresenta como autor norte-americano que escreve ficção literária, ficção popular e não ficção. Considera-se um autor de prosa minimalista que busca inspirações no horror, na ficção científica, no estranho e nas narrativas policiais.

Brian Evenson

Canção para desabar do mundo é um livro de contos que possui 22 narrativas curtas repletas de estranhezas e até bizarrices.

Como é um livro de contos e qualquer palavra a mais pode estragar a experiência do leitor, decidi mostrá-lo de forma diferente.

Aproveitando a degustação que a Amazon oferece em seus e-books, sugeri, no no grupo de WhatsApp do Clube, que comentássemos as impressões sobre o conto que abre a coletânea. “Não importa para que lado a virássemos” é um conto bastante estranho e nos levou a diversas interpretações.

Há, no Clube, leitores experientes na obra de Evenson. Esses interpretaram com base na inclinação do autor para o sci-fi. Eu e outras duas leitoras, estreantes na obra de Evenson, seguimos um fio de interpretação que levava a um horror mais real. Concluímos que o conto fala de uma violência física.

Contos abertos propiciam inúmeras interpretações. Finais abertos se estabeleceram como uma escolha para autores contemporâneos. Particularmente, eu os prefiro. Acho que esse passo além que nossa reflexão experimenta após o final do conto é o que nos leva a revisitá-lo no futuro. Ou a recordá-lo por muitos e muitos anos.

E você? O que me diz? Gosta de finais abertos ou prefere conhecer a real intenção do autor/autora?

O encontro para debater Canção para desabar do mundo é dia 1º/7, às 17 horas, via Elos.

A próxima newsletter vem lindona, com algumas impressões sobre Inventário de Predadores Domésticos, de Verena Cavalcante.