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Avatar de Andréa Berriell

Lucy é a personagem mais amada e apavorante de Drácula. Eu me junto aos coro: amamos Lucy. Ela representa a mulher que (em vida) não dependia de homem algum, embora desejasse a companhia de vários deles. E, como vampira (desmorta), exercia sua liberdade selvagem e anti-maternal. As reuniões do clube são cada vez melhores. Obrigada, Irka Barrios por proporcionar perspectivas originais sobre os textos às leitoras e aos leitores do horror

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Avatar de kuzman ǀ Luiz Antônio Gusmão

i love lucy westenra too. mas acho interessante tb como todos os personagens estão em um ponto de transição ou entre dois lugares - o drácula é o mais óbvio: entre a morte e a vida, tramando uma transferência dos cárpatos para ocupar londres; o professor van helsing, entre o racionalismo científico e o misticismo romântico; a mina, entre o ideal de esposa dedicada e a disposição a se igualar aos homens; o dr. seward, entre a investigação médico-científica da loucura e o abuso de entorpecentes para lidar com dor de uma paixão não correspondida. todos estão prestes a embarcar numa jornada de caça ao vampiro que vai tirá-los do centro do mundo e levá-los ao cume [literalmente] do horror e vão deixar de lado as tecnologias de fronteira [máquina de escrever, fonógrafo, transfusão de sangue] para atravessar a fronteira da racionalidade e mergulhar no mundo de magia e superstição que viam com desprezo, no mínimo como algo exótico q lhes despertava a curiosidade. no filme do coppola isso fica claro numa fala do van helsing, ao final, qdo ele declara "We've all become God's mad men.” no original, eles caem de joelhos e rendem graças ao senhor, mas todo o clima da segunda parte do romance é dado por esse mergulho na loucura e no fanatismo q busca justificação dos atos subversivos, ilegais, criminosos, abomináveis até q eles praticam.

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